Eu fico louco com as mudanças em
curso na sociedade contemporânea, parece não fazer muito sentido as coisas que
estão sendo feitas, mas as oportunidades fugazes são megalomaníacas nesta rede que
afasta quem está perto e aparentemente aproxima quem está longe.
A grande mídia acredita que toda
esta fama não vai durar mais do que cinco minutos. O grande problema é que os jovens
amam cinco minutos, e acreditam piamente em tudo que assistem. Os aparelhos
sintonizadores não estão mais no móvel da sala, mas móveis em todo lugar, atualmente as vendas destes móveis ultrapassaram em números a vendas dos filhos de Bill e Jobs.
As receitas dos canais do site
vermelho comprado pelo grande buscador auferem cifras milionárias
principalmente fora do seu país de origem, na era da infantilização das ações
adultas este efeito não é apenas um rito de passagem presente no mundo do entretenimento,
mas uma verdadeira parafernalha, da fibra ótica às ondas e frequências, espalhadas pelas cidades a velocidade da luz.
Pensar neste ubíquo mundo de
telecomunicações em plena era digital parece nostalgia, principalmente se formos
catalogar todos os acontecimentos neste verdadeiro manual do mundo globalizado
que revela galos fritos ao vivo, seja canalha ou apenas culinária, dicas e
vieses aparecem como favoritos e a notoriedade se classifica por likes e o ápice na virilidade,
virulência ou efemeridade, incrível, mas estas características compõe a receita
do sucesso.
Das sociedades disciplinadas de Foucault
ás sociedades de controle de Deleuze existe uma orientação global do poder em
prol do controle social a fim de institucionalizar os mecanismos essenciais a
vigilância e mapeamento de tendências a serem seguidas, não importando a forma
ou conteúdo, mas que visem a alienação e destruição das culturas dos povos e
nações. E uma ferramenta eficaz é tornar notável a exposição dos indivíduos em
mídias sociais, demostrando assim a falsa ideia de que estamos no controle da
produção cultural, sendo que na verdade estamos sendo vigiados pelo PRISM da NSA.
Certa vez o ícone Andy Warhol (cineasta
e pintor) disse: “No futuro, todos terão seus quinze minutos de fama”. O futuro
é agora e uma revolução ainda mais poderosa está prestes a acontecer e aqueles
que escolherem o ostracismo face as correntes dominantes ficaram na história
não por um grande feito, mas por estarem perdidos no passado ou terão que pedir para sair pela porta dos fundos.
Diego Caldas :)