Ventos tempestuosos de um país a deriva
Um dia pensei nos ventos...
Que açoitavam os canaviais da costa
... do sol impetuoso nas costas dos infortúnios
Não era apenas um ciclo, era a vida, era a vida...
Um dia pensei na negritude,
No dorso, no engenho.
Não era apenas engendrado
Era escravo, curvado, bem pensado.
Os intitulados canibais escravizados
Os donos não donatários da terra
Da quentura dos trópicos, tortos.
Não mais existe, resiste.
Um dia pensei na nossa identidade
Como ela seria sem o abade?
Pensei na nossa pele, para a maioria o couro.
Como seria nossa história sem a chibata, a prata, o ouro?
Um dia pensei em ventos tempestuosos
Que beiram a insanidade, a queda da maioridade.
Golpes e regências orquestradas,
Agora entendo porque tudo é tão delação premiada.
Golpes e regências orquestradas!
ResponderExcluirBem assim a nossa história, desde de D. Pedro II que nem idade para governar tinha. Daí a ideia da regência no poema e depois os golpes regidos com maestria da história recente.
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