Quando não podemos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar nós mesmos (Viktor Frankl)
terça-feira, 29 de março de 2016
quinta-feira, 24 de março de 2016
A altimetria e as cores dos espaços e as formas de ver e pensar.
Existe um castelo fortificado em cada um de nós! Em uma cota diferente, uns mais fortificados e altos outros no meio de uma pirâmide chamada de “C” e uma maior e menos fortificada na base desta mesma pirâmide, que aprisionou e mantêm cativo dentro de um sistema feudal e pensamento dominante os caboclos cafuzos mamelucos pardos. Aquela grande máxima da casa grande e senzala, da elite e das massas, dos sabores e odores, do bonito e do feio, do “de cor” e do branco, do popular e do aristocrata, do sem oportunidades e dos abastados, enfim, daqueles que estão dentro e que estão fora.
Cada
sociedade possui um sistema de castas diferente, algumas são explicitas como nas
terras colonizadas pelos britânicos, outras sulistas, como a dos peregrinos americanos,
e uma mascarada e amordaçada implantada no calor dos trópicos. Esta última
podemos chamar de nossa. Ela é perversa porque não nega nem afirma, nem aceita
as questões afirmativas, é positiva e diz que tudo é coitadismo. Coitado dos
lombos, dos dorsos e braços!
No
espaço por nos habitado estas leis sociais tornaram-se leis da física,
inalteradas, como uma fortaleza que não permite uma ascensão ou trânsito. Não
por questões físicas, palpáveis, mas pelas cores, lugares, dialetos, guetos,
ternos e togas, roupas brancas que não podem ser usadas por pessoas de outra
cor, pela supremacia racial secular e por você mesmo que não quer mudar sua
forma de pensar.
Este
é o espaço segregado dos tempos crioulos, do fumo e das cachaças, dos navios
infames em alto mar, da desgraça dos povos “errantes” que morreram de trabalhar
para o próprio castelo edificar. Também um templo sagrado, uma justificativa:
sim, pode ser feito, são raças inferiores, sua proteção contra o sol é maior,
aguentam o ardor e dor da chibata. Coitado dos lombos, dos dorsos e braços!
Não
se reconhece a história, os séculos inglórios, da república aristocrática (que
europeus trouxeram para clarear a população) que mandaram para longe em cotas
mais altas os grupos crioulos construírem na borda, as hordas em ordem de cima para
baixo, das casas que o chão da vista a telhados. Hoje para o asfalto não podem
descer é tiro que come, coisas que somem, pessoas e homens, lembra do Amarildo?
Mais um? Menos um? Este tentou atravessar, ir e vir, sorte não teve, muito
menos direito, quem dirá o respeito.
De
tempos em tempos a minoria sobrevive: Aleijados e Machados, Barretos e
Heraldos, Lázaros e Glórias, Thaises e Thiagos, Ludmilas e Sherons, Pitangas e
Jorges, Majús e Zumbis, Julianos e Césars, Ernestos e Abdias, Pixiguinhas e
Edsons, Cartolas e Santos e o “justiceiro” Joaquim. Uma lista maior seria
possível se não fosse o fosso do castelo a dragá-los ao longo da história.
No
abismo do senso comum impera o preconceito: você denegriu minha imagem, preto é
ladrão! A coisa está preta (difícil será!) Falou que não presta, a cagada é
certa, na saída ou entrada. Faça direito, não como o preto! Sai deste banco,
seu lugar é atrás das correntes! Entrou numa loja, lá vem segurança, revista e
olhos atentos, cuidado dobrado. Polícia na rua: abordagem é certa! Na faxina da
casa e outros serviços tem sempre uma negra, dizem que é seu lugar. Se nunca
ouviu ou sentiu, não pode falar, prefere velar e justificar: foi só um
mal-entendido, não resolvido, mas está tudo certo (visão do preconceito
clássico) ratificada pela expressão “todo dia é dia de preto! ”. Orgulho na
mente humana, nega e diz que é mentira, no fundo dá galhadas.
Acredite
tudo isso existe todos os dias na nossa sociedade e de geração em geração as
mesmas crenças se tornam cada vez mais sólidas numa segregação insólita que aflige
o Brasil. Dizem que a educação é o caminho. Pela história, pela escravidão,
pelo preconceito: pense nas cotas! De alto a baixo. São necessárias? Ou
arbitrárias? Coitado dos lombos, dos dorsos e dos braços!
:)
Diego Caldas
segunda-feira, 21 de março de 2016
Um presidente preocupado com o legado. No futuro como vamos lembrar de Obama?
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160320_visita_obama_cuba_
![]() |
Imagem:http://jornalggn.com.br/noticia/eua-e-cuba-reabrem-suas-embaixadas-hoje |
domingo, 20 de março de 2016
#fotografia #dicadevigem
PARQUE MUNICIPAL SALTO DO ITIQUIRA - FORMOSA - GO
Dica de viagem
SOBRE
O PARQUE
O
Parque Municipal do Itiquira é uma Unidade de Conservação aberta á visitação e
pensando na preservação de sua fauna e flora, o Parque conta com normas que
devem ser seguidas para que o visitante possa usufruir da melhor maneira
possível sua visita.
O
Parque abre para visitação 365 dias por ano e 07 dias por semana, ou seja não
fecha nunca. Tendo sua abertura diariamente às 09h, entradas até às16h e
fechamento do Parque às 17h.
Sites:
Google Maps
Saber+ http://formosa.go.gov.br/turista/2-parque-municipal-do-itiquira.html
#intercâmbio
Canadá abre vagas para brasileiros.
http://exame2.com.br/mobile/carreira/noticias/canada-quer-mais-profissionais-do-brasil-veja-areas-em-altasábado, 19 de março de 2016
#literatura
Os livros abandonados no meio do caminho. Veja lista!
![]() |
Imagem:http://static.tumblr.com |
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/os-100-livros-que-as-pessoas-mais-abandonam-pelo-meio
Jovem negro americano aprende português cantando Rap. E você Jão? O que vai aprender de novo este ano? A internet e seus mundos de possibilidades.
http://papodehomem.com.br/o-que-o-rap-nacional-ja-te-ensinou-para-esse-negro-americano-o-portugues-racionais-rzo
quinta-feira, 17 de março de 2016
A fabula dos porquinhos: uma sociedade que tinha tudo para dar certo e fracassou?
Lembrei-me de uma fabula
antiga, muito conhecida no mundo infantil: Os
três porquinhos. Vou contá-la de maneira diferente.
Era uma vez em uma terra
distante (por não pertencer ao imaginário coletivo) que mais parecia um reino
de chocarrice, com muitos porcos bobos da corte se passando por espertos e os
espertos fingindo de otários, os porquinhos não estavam muito interessados pela
a vida em sociedade, principalmente com a vida política. Durante muitos anos esta
terra foi dominada por lobos navegantes descendentes de neandertais que
cobravam impostos, extorquiam, pilhavam e minavam tudo que encontravam pela
frente.
Chegaram neste continente
depois de uma longa, exaustiva e perigosa viagem, logo, alguns lobinhos muito
espertos resolveram criar uma ordem política dominante pela qual os porquinhos
nativos deveriam contribuir com quase metade de sua força de trabalho para que
todos em comum acordo pudessem viver felizes para sempre respeitando as normas
morais e jurídicas preestabelecidas.
É importante ressaltar que este
modo de sociedade funcionou durante muito tempo sob estas precárias condições
(inclusive com a chegada forçada de novos porquinhos vindos da terra de Lucy),
mas como a terra onde viviam era prospera não se esgotaram os recursos e a
população ignorante não reclamava, apenas obedecia (alguns que se rebelavam,
iam direto para o açougue da coroa que era logicamente, implacável). Não é
muito divulgado por estas terras, mas inúmeros eventos como este aconteceram as
claras e as escuras neste longo período de tempo e por incrível que pareça,
ainda acontece.
Um grupo de porquinhos
começaram a comprar materiais de baixa qualidade (gravetos e palhas) para
edificar as casas, os muros e as instituições que governavam o território
(assim formaram as primeiras instituições deste país tão distante). Após o início
das obras, por meios escusos começaram a enganar e desviar partes dos recursos
arredados pela população com o intuito de usurpar o capital excedente para que
fosse construído um império inabalável, caso a população de porcos raivosos e
ignorantes um dia descobrisse esta desonestidade e quisesse fazer vingança ou
justiça e querer para expulsar os descendentes dos lobos neandertais.
Muito tempo se passou e este
sistema de governo prevaleceu, mudando de roupagem, primeiro os lobos
tornaram-se capitães, depois imperadores,
republicanos (baseados em ideias falaciosos de liberdade e democracia
burguesa), posteriormente se transformaram em fascistas, populistas, ditadores,
desenvolvimentistas, ditadores novamente, progressistas, democratas,
republicanos e finalmente embusteiros (não que estes aparecem por último na
história deste país, pois sempre existiram, apenas deram azar de roubar um
grande silo e ter uma câmera e milhões em rede olhando).
Atualmente na estruturação
do esquema político desta sociedade apenas um porquinho (mais esperto do que os
demais) conseguiu reverter a lógica de dominação dos lobos, fez uma casa
extremamente fortificada, esta contava com o apoio dos representantes mais
importantes da sociedade (imprensa, parlamentares, construtoras, polícia,
juízes). Você deve estar perguntando como um porquinho semianalfabeto consegui
fazer tudo isso, não é mesmo? Bem, diz a lenda que este porquinho trabalhou
muito, arduamente até perder as condições físicas para tal labor. Uma grande
tragédia! Mas o seu maior triunfo ainda estava por vir.
Ele começou a convocar os
outros porquinhos para uma grande revolução, em que todos, um dia teriam as
mesmas condições de vida e moradia, gozariam de bons salários, alimentação
farta e barata, conforto e segurança. Mas para isso os demais porquinhos da
classe operária da nação deveriam blindar suas mentes contra as influências
externas, principalmente dos lobos disfarçados de cordeiros, liberais demais
para serem aceitos em uma sociedade tão “justa e igualitária”.
A principal ameaça era um
lobo muito poderoso, que no passado dizimou muitas sociedades de porquinhos
inocentes, apenas para mostrar sua força. Por este e outros motivos não
revelados deveria ser temido e quiçá impedido de rondear as proximidades da
Porcolândia. Mas sua presenta próximo as fronteiras não deixavam a vida fluir
em paz e a geopolítica da Porcolândia sempre foi conturbada.
No início o projeto do
porquinho esperto enfrentou algumas dificuldades, devido ao cenário da
Porcolândia, que era caótico, dada a alienação de toda a população. Foram anos
de: lutas inglórias, perseguições, derrotas e frustações, mas isso não fez com
que este militante das causas sociais dos porcos desististe. O porquinho
esperto começou a perceber que sem os demais componentes da sociedade não
conseguiria força suficiente para conseguir chegar ao poder e mudar o cenário
social da população, sua maior promessa de campanha.
Começou a militar em
peregrinações por toda a Porcolândia, promovendo greves, paralisações, dentre
outras atividades, na época consideradas clandestinas e ilegais. Inclusive em
um episódio duradouro a polícia assumiu o controle da situação e perseguiu
muitos porquinhos “rebeldes” (alguns fugiram a tempo e foram morar em outra
pocilga, outros não tiveram a mesma “sorte” e acabaram “sumindo”).
Como toda história de
qualquer mártir, a população ficou revoltada e começou aos poucos uma
organização para que os direitos dos porquinhos fossem reestabelecidos. Depois
de alguns anos aquele mesmo grupo de porquinhos conseguiram o apoio da maioria
das entidades e conseguiram chegar ao poder e realizar os seus planos. Basicamente
esta é a história que deu condições aos porquinhos espertos chegaram ao poder e
fazer refém muitas instituições na Porcolândia.
Tudo isso aconteceu sob os
olhares atentos do grande lobo que de tanto fazer crueldades foi chamado de Lobo
Mau, o exterminador do futuro de porquinhos jovens, adultos e idosos. Sua
sagacidade era tão incrível que ele possuía poderes quase mágicos de manipular,
mentir, impor, oprimir, humilhar e destruir sociedade de porquinhos rebeldes ou
que não tinham medo dele, mesmo não possuindo forças necessárias para
enfrenta-lo.
Nos últimos anos esta mesma
sociedade passou por situações desagradáveis e parte da estrutura montada para
que a casa do porquinho esperto fosse fortificada começou a ruir e
consequentemente muitos envolvidos na história da Porcolândia estão novamente à
beira da berlinda, alguns foram presos em baias especiais, outros já estão
longe em uma praia qualquer deste mundão.
Muita turbulência tem
acontecido nos últimos meses nesta terra em transe: paixões avassaladoras,
ceticismos, pão e circo, justiça e poder, verdades e mitos e muito dinheiro dos
porcos famintos.
O fato curioso nesta
história é o volume de desinformação que afeta até os dias de hoje a maioria da
população que vive na Porcolândia. Uma coisa ainda não sabida pelos habitantes destas
terras tupiniquins: Quem está com a razão? A história da Porcolândia um dia
será contada de forma mais justa e fraterna? Os porquinhos vão sobreviver?
Novos porcos vão chegar ao poder com mais um remédio milagroso? Porcos ricos
vão vender ou alugar as melhores baias da Porcolândia? Ou o lobo mau vai
derrubar as casas de todos os porcos com mais um golpe de mestre?
Inevitavelmente, você que é um ser humano com
encéfalo altamente desenvolvido, contribuirá de forma efetiva para o futuro da
Porcolândia, sabe porquê? A maioria dos porcos não sabem desta história.
:) Diego Caldas
Seria este o novo presidente do Brasil? Com todo este lamaçal de investigados envolvendo os presidentes e vices em exercício, não seria nenhum ufanismo.Quem viver, verá!
http://afolhabrasil.com.br/politica/tiririca-e-citado-na-operacao-lava-jato/
http://afolhabrasil.com.br/politica/tiririca-e-citado-na-operacao-lava-jato/
O eufemismo das
metáforas hiperbólicas midiáticas
Veja, como isso pode ser perigoso, estão mostrando
somente um lado da folha e o globo inteiro está divulgando e poucos no Brasil
estão vendo. As vezes enviamos uma carta, um pedido ou publicamos algo que pode
ser capital, principalmente em um estadão como esse, pessoas estão sendo presas
a papeis frágeis com grampos, para uns é legal, outros nada parece, apenas
aborrece.
Não sabia que a primavera acontecia em março no
hemisfério sul, pensei que fosse outono. Daqui a pouco vamos ver toque de
recolher? Imaginem! O calendário internacional mudou de vez, quanta coisa
obscura na clareza das falas, nos textos, artigos e versos. Prefiro as prosas,
não aquelas prosaicas, mas as sérias que narram fatos e as divertidas que contam
histórias fascinante de mochileiros das galáxias. Aqui no meu país só falam de
boxe, nocautes, já vi muito golpe aqui no lado meridional do mundo.
Outro dia
aconteceu na Argentina, as cabaças e gamelas nas ruas, por causa justa? Não
sei. Tentamos copiar, mas só pode fazer quem tem condição, pois, o uso
tradicional é para colocar comida, a maioria não tem vale refeição ou almoça em
restaurante. Então quebrar as cuias, panelas e fazer fanfarra é bem tranquilo, para
quem ao meio dia amanhã terá fast food.
O mundo está desvairado em todas as partes. Lá nas
terras da lua com a estrela, as mil e uma noites são bem diferentes, ouvem-se tiros, porrada e bomba, estava tudo em
paz, até que começaram o que estão fazendo por aqui: barulho, caça às bruxas,
busca e apreensão, restrição de liberdade, problemas econômicos, frustação,
desesperança e um pouco mais. Assim o povo fica com medo, não compra, não
arrisca. Tenho certeza que vai aparecer um boi de piranha e um Sassá Mutema,
pois já temos um bem-amado Odorico Paraguaçu escolhido e resguardado pelo
Cidadão Kane.
A nossa história é mesmo incrível, durante vinte e um
anos, os hoje rivais estavam do mesmo lado ou de fora da tomada de decisão, se
quer tinham liberdade de expressão. A saída foi usar armas pesadas e
ideológicas. Mas a vida muda toda hora, nunca somos os mesmos, principalmente
no atual cenário (no caos ninguém é cidadão), podemos dizer que Guimarães Rosa
tinha razão: “viver é negócio muito perigoso” e num lugar como este é estar
dormindo com o próprio inimigo, que joga a pedra e esconde a mão, faz bagunça e
confusão.
A revolta é grande, movimento de elite que ganha
adesão de massas, depois das massas são feitos pães, caros ou salgados demais
para quem tem cartão de cidadão comprar. Esta teoria não é nova ou
revolucionaria, como também não é inédito falar de bipolaridade e suas zonas de
influência, já vimos esta história antes e sabemos que não dá certo, mas goela
abaixo vai sendo empurrada e também deleitada por alguns que não sabem se
gritam, agitam bandeira ou se cala com medo dos grampos.
Talvez tudo isso seja apenas um amadurecimento da tão
arrazoada democracia, ou pode ser o fim de um fruto podre em uma arvore que nem
serve ao senhor nem ao servo, mas que deixará sementes para que os vindouros
possam replantar e pensar melhor sobre o que andam fazendo as organizações pelo
globo, as folhas dos jornais, as cartas vistas na revista e o que realmente é
melhor para o estadão, que deve presar e ter cautela com os clientes clementes
que pagam suas contas.
Por final, devemos refletir sobre uma passagem do
livro Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa: “A gente vive, eu acho, é
mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve
pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade”.
:) Diego Caldas
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