O eufemismo das
metáforas hiperbólicas midiáticas
Veja, como isso pode ser perigoso, estão mostrando
somente um lado da folha e o globo inteiro está divulgando e poucos no Brasil
estão vendo. As vezes enviamos uma carta, um pedido ou publicamos algo que pode
ser capital, principalmente em um estadão como esse, pessoas estão sendo presas
a papeis frágeis com grampos, para uns é legal, outros nada parece, apenas
aborrece.
Não sabia que a primavera acontecia em março no
hemisfério sul, pensei que fosse outono. Daqui a pouco vamos ver toque de
recolher? Imaginem! O calendário internacional mudou de vez, quanta coisa
obscura na clareza das falas, nos textos, artigos e versos. Prefiro as prosas,
não aquelas prosaicas, mas as sérias que narram fatos e as divertidas que contam
histórias fascinante de mochileiros das galáxias. Aqui no meu país só falam de
boxe, nocautes, já vi muito golpe aqui no lado meridional do mundo.
Outro dia
aconteceu na Argentina, as cabaças e gamelas nas ruas, por causa justa? Não
sei. Tentamos copiar, mas só pode fazer quem tem condição, pois, o uso
tradicional é para colocar comida, a maioria não tem vale refeição ou almoça em
restaurante. Então quebrar as cuias, panelas e fazer fanfarra é bem tranquilo, para
quem ao meio dia amanhã terá fast food.
O mundo está desvairado em todas as partes. Lá nas
terras da lua com a estrela, as mil e uma noites são bem diferentes, ouvem-se tiros, porrada e bomba, estava tudo em
paz, até que começaram o que estão fazendo por aqui: barulho, caça às bruxas,
busca e apreensão, restrição de liberdade, problemas econômicos, frustação,
desesperança e um pouco mais. Assim o povo fica com medo, não compra, não
arrisca. Tenho certeza que vai aparecer um boi de piranha e um Sassá Mutema,
pois já temos um bem-amado Odorico Paraguaçu escolhido e resguardado pelo
Cidadão Kane.
A nossa história é mesmo incrível, durante vinte e um
anos, os hoje rivais estavam do mesmo lado ou de fora da tomada de decisão, se
quer tinham liberdade de expressão. A saída foi usar armas pesadas e
ideológicas. Mas a vida muda toda hora, nunca somos os mesmos, principalmente
no atual cenário (no caos ninguém é cidadão), podemos dizer que Guimarães Rosa
tinha razão: “viver é negócio muito perigoso” e num lugar como este é estar
dormindo com o próprio inimigo, que joga a pedra e esconde a mão, faz bagunça e
confusão.
A revolta é grande, movimento de elite que ganha
adesão de massas, depois das massas são feitos pães, caros ou salgados demais
para quem tem cartão de cidadão comprar. Esta teoria não é nova ou
revolucionaria, como também não é inédito falar de bipolaridade e suas zonas de
influência, já vimos esta história antes e sabemos que não dá certo, mas goela
abaixo vai sendo empurrada e também deleitada por alguns que não sabem se
gritam, agitam bandeira ou se cala com medo dos grampos.
Talvez tudo isso seja apenas um amadurecimento da tão
arrazoada democracia, ou pode ser o fim de um fruto podre em uma arvore que nem
serve ao senhor nem ao servo, mas que deixará sementes para que os vindouros
possam replantar e pensar melhor sobre o que andam fazendo as organizações pelo
globo, as folhas dos jornais, as cartas vistas na revista e o que realmente é
melhor para o estadão, que deve presar e ter cautela com os clientes clementes
que pagam suas contas.
Por final, devemos refletir sobre uma passagem do
livro Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa: “A gente vive, eu acho, é
mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve
pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade”.
:) Diego Caldas
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