quinta-feira, 17 de março de 2016

O eufemismo das metáforas hiperbólicas midiáticas

Veja, como isso pode ser perigoso, estão mostrando somente um lado da folha e o globo inteiro está divulgando e poucos no Brasil estão vendo. As vezes enviamos uma carta, um pedido ou publicamos algo que pode ser capital, principalmente em um estadão como esse, pessoas estão sendo presas a papeis frágeis com grampos, para uns é legal, outros nada parece, apenas aborrece.
Não sabia que a primavera acontecia em março no hemisfério sul, pensei que fosse outono. Daqui a pouco vamos ver toque de recolher? Imaginem! O calendário internacional mudou de vez, quanta coisa obscura na clareza das falas, nos textos, artigos e versos. Prefiro as prosas, não aquelas prosaicas, mas as sérias que narram fatos e as divertidas que contam histórias fascinante de mochileiros das galáxias. Aqui no meu país só falam de boxe, nocautes, já vi muito golpe aqui no lado meridional do mundo.
 Outro dia aconteceu na Argentina, as cabaças e gamelas nas ruas, por causa justa? Não sei. Tentamos copiar, mas só pode fazer quem tem condição, pois, o uso tradicional é para colocar comida, a maioria não tem vale refeição ou almoça em restaurante. Então quebrar as cuias, panelas e fazer fanfarra é bem tranquilo, para quem ao meio dia amanhã terá fast food.
O mundo está desvairado em todas as partes. Lá nas terras da lua com a estrela, as mil e uma noites são bem diferentes, ouvem-se tiros, porrada e bomba, estava tudo em paz, até que começaram o que estão fazendo por aqui: barulho, caça às bruxas, busca e apreensão, restrição de liberdade, problemas econômicos, frustação, desesperança e um pouco mais. Assim o povo fica com medo, não compra, não arrisca. Tenho certeza que vai aparecer um boi de piranha e um Sassá Mutema, pois já temos um bem-amado Odorico Paraguaçu escolhido e resguardado pelo Cidadão Kane.
A nossa história é mesmo incrível, durante vinte e um anos, os hoje rivais estavam do mesmo lado ou de fora da tomada de decisão, se quer tinham liberdade de expressão. A saída foi usar armas pesadas e ideológicas. Mas a vida muda toda hora, nunca somos os mesmos, principalmente no atual cenário (no caos ninguém é cidadão), podemos dizer que Guimarães Rosa tinha razão: “viver é negócio muito perigoso” e num lugar como este é estar dormindo com o próprio inimigo, que joga a pedra e esconde a mão, faz bagunça e confusão.
A revolta é grande, movimento de elite que ganha adesão de massas, depois das massas são feitos pães, caros ou salgados demais para quem tem cartão de cidadão comprar. Esta teoria não é nova ou revolucionaria, como também não é inédito falar de bipolaridade e suas zonas de influência, já vimos esta história antes e sabemos que não dá certo, mas goela abaixo vai sendo empurrada e também deleitada por alguns que não sabem se gritam, agitam bandeira ou se cala com medo dos grampos.
Talvez tudo isso seja apenas um amadurecimento da tão arrazoada democracia, ou pode ser o fim de um fruto podre em uma arvore que nem serve ao senhor nem ao servo, mas que deixará sementes para que os vindouros possam replantar e pensar melhor sobre o que andam fazendo as organizações pelo globo, as folhas dos jornais, as cartas vistas na revista e o que realmente é melhor para o estadão, que deve presar e ter cautela com os clientes clementes que pagam suas contas.
Por final, devemos refletir sobre uma passagem do livro Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa: “A gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade”.
:) Diego Caldas

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